quinta-feira, abril 1

Delírios de uma consciência perturbada

De repente, eu me olhei no espelho. Eu não reconheci, não consegui. Tava tudo tão diferente, tão esquisito. Eu olhava, mas não enxergava. Eu via, mas não reconhecia como em um pesadelo onde ninguém sabe onde está, o que está acontecendo.

As coisas eram iguais, mas o meu ponto de vista era diferente, o sentido havia mudado. Eu precisava mudar, mas não conseguia. O presente foi se embaralhando com a memória, a parte mais consciente de mim se tornou uma grande mistura, como um caldeirão onde você vê tudo junto e misturado e não tem a capacidade de distinguir as coisas.

Os meus atos pareciam iguais, as lágrimas não. De repente me encontrei em um grande breu: era tudo escuridão e não havia saída. As pessoas estavam submersas em mundo que eu não me conformava que existia. Eu não queria voltar à trás. Por quê?

Ninguém quis me ajudar, na realidade, ninguém sabia a resposta. É tudo um grande jogo. No momento, eu cheguei à fase em que você se encontra num gigantesco labirinto do qual, por mais que você tente, não consegue encontrar a saída. É tudo como um grande truque, é só você encontrar o mapa. Aí, você anda mais um pouco e tudo desaparece, olha para o lado e vê uma coisa brilhando bem lá no fundo. Segue em frente e descobre que era o mapa, encontra a saída, mas caí em um abismo, do qual você jamais sairá vivo.

E depois eu percebi que eu só precisava abrir os olhos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário